terça-feira, 5 de novembro de 2013

Homo helium: o ser humano e suas órbitas de felicidade

círculo microssocial de felicidade egocêntrica

O ser humano é um animal social e isso é um fato conhecido. Outros seres também convivem de forma organizada, em estruturas sociais complexas e harmônicas, como as abelhas, formigas, golfinhos e baleias, para citar apenas alguns. Mas algumas perguntas que podemos fazer: qual o nível de sociabilidade que cada um de nós opera em prol de si mesmo e da coletividade, até onde realizamos nossas atividades de modo realmente coletivo em prol do bem-estar geral, até quanto estamos dispostos a nos entregar para o outro e para a sociedade, e com quem desejamos efetivamente compartilhar nosso tempo em prol da felicidade.

Pode ser mais uma teoria que precise ser comprovada ao longo do tempo, mas aparentemente o ser humano opera dentro de um círculo microssocial de felicidade egocêntrica.

O ser humano opera de modo minimamente coletivo. 

Quando se pensa em quais pessoas nesse mundo você pode (e quer) contar para ser cuidado e ajudado sob quaisquer circunstâncias, ou com quais pessoas você deseja estar para dividir seus momentos de felicidade, ou com quem gostaria de trocar experiências e ensinar todo seu conhecimento? Talvez seu círculo real de felicidade seja menor do que 10 seres humanos que orbitem você, ou seja, o necessário para sua sobrevivência, conforto físico e mental ao longo de todo sua vida. Talvez estejam nesse círculo alguns parentes próximos (seus pais e filhos), alguns raríssimos amigos de sangue, e um ou outro ser humano que você tenha uma afinidade inexplicável, mas está sempre lá. O ser humano só opera coletivamente quando obtêm algum ganho pessoal, seja para o momento presente ou com segundas intenções para usufruir, ou até cobrar, no futuro.


O ser humano e suas órbitas

O ser humano tem necessidade de pessoas orbitando no seu entorno, ele precisa falar da sua existência, precisa afirmar a sua presença nesse mundo (para outras pessoas). O ser humano gosta de (precisa) dividir seus pacotes de momentos de vida, mas convenhamos, sempre centrado em sua própria felicidade egocêntrica, sempre a partir dele, e raramente de modo altruísta (e aqui a palavra "raramente" está sendo usada por falta de uma palavra que exprima melhor o conceito de extremamente ocasional).

Homo helium

Mas somos um animal social, e se fossemos o único ser humano da face da terra, a vida ficaria sem sentido, todavia, somos mais um Homo helium, onde tudo deve girar a nossa volta, temos uma força interior que faz com que somente a nossa felicidade seja prioritária, sempre acima das prioridades dos outros. Claro que não desejamos ter uma vida miserável e de sofrimento por toda nossa existência nessa nossa curta vida nesse planeta, mas geralmente, operamos no modo geocêntrico, onde o Sol gira em torno da Terra, antes que Copérnico sugerisse outro modo de enxergarmos o mundo a nossa volta. Cada um, geralmente, e no íntimo, pensa que é o umbigo do universo. Mas vamos com calma. Sim, há exceções, e ainda acredito em uma humanidade mais humana. 

3 comentários:

  1. A natureza humana quando se opõe aos valores morais e de justiça bem como a qualidades nobres tais como o amor (agape), generosidade etc., geram conflitos de consciência a terceiros visto que eles não a têm. Fazem-no friamente e de forma egoísta tornam-se insensíveis ao dano que causam nos outros e até no ambiente natural. Abraço, Mário Caetano

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  2. tem coisas naquilo que diz que compreendo e concordo alias são incontornáveis mas no homem existem vários tipos de coexistência a saber, o ser humano nao nasceu com as mesmas importunidades, o que criou per si um fosso abismal, as oportunidades nao são iguais, esse egocentrismo seria atenuado se isso acontece-se

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