quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Feliz 2.999!

Feliz 2.999, e que venha o ano 3.000!

Mais um milênio está para se encerrar. É mais um ciclo que se fecha dentro de si, é como a milenar e mitológica figura de oroboro comendo a própria cauda. E eis que surge um tempo para refletirmos em nossas realizações mais significativas assim como nas promessas futuras e nossos atuais desafios. 

O saldo desse milênio foi bom, com todos os prós e contras. Se o primeiro milênio do ano 0 d.C. era matar ou morrer, onde a humanidade estava em exploração por novas terras esbarrando com novos povos de outros continentes, no segundo milênio não foi muito diferente, o homem continuou a desbravar novos locais para expandir suas posses e novos contatos com diferentes culturas também foram feitos, porém com a diferença de um pequeno mas crucial avanço tecnológico que desdobraria em toda nossa atual tecnologia disponível hoje. 

Se até o ano 1.000 o homem ainda era considerado um ser rústico, no final do ano 2.000, apesar de um pequeno salto tecnológico, todo o planeta estava conectado entre os povos com o que chamávamos de internet. O homem ainda era brutal e mais letal.  Com mais informações, novas formas de destruir e construir. E agora que nos aproximamos do ano 3.000 parece que o progresso tecnológico é evidente e a interatividade está a nossa volta, onde muitos não ouviram falar dos rústicos meios de transporte como o avião ou navio, ou das retrôs televisões ou celulares como veículos de comunicação, que somente para os mais curiosos conhecem quando acessam os atuais holo-museus e não acreditam como vivíamos. 

Enquanto uma minoria atua para viabilizar modelos sociais para um bem-estar coletivo de forma harmônica, a  grande maioria comandada ainda por uma minoria opera para expandir suas posses, agora no campo mental de cada indivíduo, seja dessa planeta ou dos planetas e luas habitáveis e colonizadas pelo ser humano nos últimos séculos. 

No final do ano 2.000 o homem havia pisado na lua e começado um programa espacial que resultou - após 500 anos de investimento - em um boom de colônias nos planetas e luas do nosso ínfimo sistema solar. O sistema solar está conectado por uma complexa mas bem elaborada rede neural coletiva da nossa espécie: a SSS - Solar Soul Soup, uma alusão ao antigo sistema da virada do milênio passado WWW - Wide World Web. Nos orgulhamos desse feito hercúleo de conectividade entre a nossa espécie. E com esse avanço, novos desafios.

A tecnologia sempre impulsionou o homem a grandes realizações, principalmente no campo material, todavia as formas de controle agora mudaram de forma e conteúdo. Agora a interligação entre nós é clara. Já nascemos interligados com as nossas mentes conectadas mentalmente de forma consciente pela rede de todas as pessoas co-sanguíneas vivas, independente da distância de espaço entre elas, assim como com as pessoas transmutadas, como chamamos agora os mortos, que não são mais mortos na concepção da palavra. Descobrimos que nossa consciência é viva e se mantém em evolução, mesmo após nossos corpos entrarem em falência. Alguns ainda chamam de alma, nós apenas de consciência expandida pós-mortem, com nossos conteúdos mentais ainda conservados em biocubos portáteis. As famílias mantém em suas life-tecas seus entes queridos para pedirem conselhos e ideias. O que as religiões do passado se referiam a outros planos espirituais, na verdade são outras formas de energia que agora somos capazes de nos conectarmos e viver em contato constante, assim não morremos mais, somos transmutados e em permanente evolução. Também com a SoulNet, como é vulgarmente conhecida a SSS, somos capazes dentro de um raio físico de 100 quilômetros de distância de onde estamos, ficarmos conectados e conscientes do que se passa dentro da mente de todos os moradores ou visitantes que estejam dentro dessa distância de nós. Isso sem contar com nossa atual capacidade de interagir cognitivamente com as outras espécies, eles nos entendem e agora nós os entendemos através de uma interface de comunicação comum entre as espécies. É todo um novo meio de perceber nossa planeta azul e os demais. Para alguém  do ano 2.000 tudo isso atualmente parece algo inconcebível, acredito que deve ter sido uma sensação parecida para o homem das cavernas conceber um ônibus espacial à lua terrestre. 

A tecnologia sempre traz avanços e novas formas de viver. Houve avanços claro, atualmente nossa mente coletiva interligada em tempo real é algo surpreendentemente ainda recente e novo. Ainda buscamos entender como pensar coletivamente em tempo real. E apesar de toda a tecnologia disponível, ainda buscamos  meios para uma convivência social harmônica, onde a harmonia da espécie é maior do que interesse oligocêntrico de poucos. Buscamos uma forma de nos destruirmos menos, apesar do saldo entre transmutados e novas vidas seja sempre maior. Há esperança, uma minoria revolucionária sempre luta por novos modelos humanitários.

Curiosidade do milênio: um objetivo, talvez jurássico para os dias atuais, ainda está em nossos meios, resistindo bravamente: o livro. Talvez seja o sinal de que a sabedoria milenar de pensadores do milênio passado possa nos dar uma luz para o próximo milênio que se abre. E quando iremos aprender a viver de modo coletivo? Talvez precisemos de mais um milênio, no ano 4.000 respondo, já que estarei por aqui, registrando de outras formas talvez.

Paz harmonizada para todos os seres sencientes. Aum!

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Escolha seu meio de locomoção!

O que nos move?

Essa pode ser uma das perguntas filosóficas mais antigas do mundo, mas sua pertinência sempre é atual. Se a resposta nunca é definitiva, as razões de como desejamos nos mover nessa vida, ou seja, de viver no aqui e agora, sempre são. 

A resposta é pessoal e intransferível, e para isso temos que pensar, ou não? 

Pensar exige esforço e empenho. Mas para nossa felicidade, todo mundo pensa, de uma maneira ou de outra. Uns de modo mais profundo, holístico, meditativo, filosófico ou simplesmente abstrativo, outros mais superficial, ou ainda, mais no campo emocional. Alguns racionalizam tudo e buscam colocar dentro de uma caixinha seus paradigmas e dogmas morais, outros mais passionais, vivem com os sentimentos a flor da pele e agem de acordo com o seu coração, mas somos um todo. 

Mas será que o modo de como decidimos pensar, influencia nosso estilo de vida, nossas percepções das pessoas a nossa volta? Será que a forma com que tomamos nossas decisões diárias, nos trazem mais ou menos satisfação nessa vida? 

"Todos tomamos decisões a todo instante. Escolhamos constantemente, de modo consciente ou romanticamente."

Será que é mais fácil entregar o peixe já pescado? Parece que todos querem receber a receita mágica do bolo perfeito ou simplesmente só degustar o peixe. Escolhas. Então não reclame, no mínimo pare de fazer tudo o que te faz infeliz e insatisfeito, e não espere não, pare agora! Ser feliz é uma questão de decisão própria, não depende de mais ninguém e é de graça, pois como ouvi esses dias de um velho matuto da roça: "Tristeza não paga dívidas, então pra que sofrer".

Pensar é pisar em áreas inexploradas da nossa mente, é sair do útero. É sair da zona normal de conforto e segurança. Refletir é sermos como os exploradores de outrora que desbravavam terras inóspitas, florestas densas, tundras áridas, desertos gigantescos ou terras gélidas dos pólos. 

Melvin Kaminsky dizia que o meio de transporte de nossos ancestrais há 10.000 anos era é medo. O ser humano se move pelo medo ou pelo prazer. Cada um escolhe seus próprios meios de locomoção por essa vida.

Mas no final é simples: ou vivemos de acordo com o que outros ditam ou de acordo com nossas próprias ideias de mundo e definições de vida! 

Afinal, qual é seu lema de vida? 

O que te move?