domingo, 29 de setembro de 2013

Onde colocar o suado dinheiro do meu bolso?

Recentemente analisei o montante do orçamento do governo federal destinado aos seus ministérios. Partindo da premissa que cada governante, e seu sistema de aprovação do orçamento anual através do congresso, tem pleno poder de definir para onde os recursos financeiros e humanos da União são direcionados, podemos saber na prática como governam, e podemos fazer algumas considerações sobre o dinheiro público, o meu e o seu, que já foi gasto esse ano, e ainda será destinado até o final do mandato de todos.

Enquanto um dos maiores programas assistencialistas do mundo, o Bolsa Família, absorve R$ 20 bilhões de reais ao ano, os recursos para o apoio da safra de agricultores familiares tem apenas R$ 0,4 bilhão.

Para que as pessoas do Bolsa Família recebam gratuitamente esse recurso, elas não precisam dar nada em troca, nem para o governo nem para a sociedade, a não ser esforço um vez ao mês da sua ida até o banco ou lotérica mais próxima para sacar seu 'beneficio'.

Enquanto isso, o agricultor familiar e sua família precisam plantar, cuidar da sua plantação diariamente, contar com a natureza para não chover nem demais nem de menos, acordar antes do sol raiar, dormir após um longo dia arando, adubando, colhendo, processando, entregando para intermediários e para escolas locais, enfim, administrando toda uma cadeia de produção, comercialização e logística, nem que seja para fazer isso toda semana para vender seu pé de alface em uma feira local para sua subsistência e de sua família, e chegar no final do mês ainda ter que fazer contas.

E para o apoio a safra da pesca, menos do que R$ 0,2 bilhão. Considerando que o Brasil possui uma dos maiores litorais marítimos do mundo, além de todo os recursos de água doce. Para ser pescador ou aquicultor o desafio é tão grande como para o agricultor. Exitem outras aberrações em outros ministérios cruciais para a sociedade. Isso sem mencionar o universo de obrigações tributárias e impostos que qualquer ser humano, que produz honestamente, tem que arcar sob a pena da lei.

A pergunta que fica é: o que o governo deseja com essa política? Estimular e educar exatamente que tipo de pessoas para nossa sociedade? Existe sustentabilidade nesse modelo? O que estamos criando afinal?

E se fosse você a dividir e definir o destino do orçamento, quais seriam suas três áreas prioritárias para nossa sociedade?

domingo, 8 de setembro de 2013

Sob as regras que vivemos: O Sistema

Nós estamos constantemente sob um mol de regras, sejam elas morais, sociais, econômicas, religiosas, políticas, jurídicas ou qualquer outro aspecto de nossas vidas. E quando estamos inseridos dentro de uma sociedade essas regras nos agradam ou não, concordamos com algumas, desprezamos outras, e como saldo, interagimos com elas, influenciando-as com nossos atos e sendo impactados por elas.
Nosso senso de liberdade é diretamente influenciado pelo senso de liberdade de outro, então a liberdade de sermos o que desejarmos tem sua restrição imposta a partir do momento em que escolhemos viver em sociedade. Parafraseando meu chará Nietzsche, "nos indivíduos, a loucura é raro, mas nos grupos, nos povos, nas épocas, é regra." - isso porque o desafio de vivermos harmonicamente em sociedade é um sonho que é perseguido utopicamente. Dos povos tribais às sociedades ditas modernas e seus atuais sistemas de regras, como democracia, monarquia, parlamentarismo, ditadura ou autocracias, ou algumas alternativas, como zeitgeist, ecovilas, ou ainda rústicos agrupamentos rurais isolados, sempre estaremos sob algum tipo de conjunto de regras estabelecidos e aceitos, ou tolerados, por nós, até um novo rearranjo cultural. Não há como escapar desse dogma social, então, sob qual sistema de regras você deseja viver?