segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Um recurso para mudar o mundo: o ócio pragmático

     Até que ponto nosso governo - eleito por nós e integrado por aqueles cujas posições foram conquistadas através de nepotismo, concursos públicos ou outro modo de acesso - deseja criar condições para que a pólis (nossa sociedade, enfim, nós mesmos) se torne realmente pensante?
     
     Até que ponto nós (a pólis, a sociedade) desejamos que o estado seja forte - e forte pode-se dizer por estado intervencionista, e tenha total obrigação de estruturação, em todas as áreas e atividades existentes - e assuma as responsabilidades pela entrega e manutenção dos serviços ditos comunitários e públicos?

      Até onde queremos que nossas liberdades de escolha e decisão como indivíduos sejam respeitadas pela própria pólis ou pelo estado - seja sob qualquer aspecto de nossas vidas - como ideais de vida social, econômica, religiosa, ambiental, estrutural, sexual, cultural, física, emocional, entre outros.  

     E enfim, até que ponto estamos dispostos a nos esforçarmos para termos direito ao nosso próprio espaço de criação, ou seja, até onde queremos que o estado não intervira em nossas escolhas, e até onde nós iremos nos responsabilizar pelas nossas decisões? 

       A equação desses três elementos - os limites do indivíduo, da sociedade e do estado - que precisamos ter a resposta dentro de nós prioritariamente, antes de contestarmos o governo, a sociedade ou nós mesmos, de sairmos às ruas com reivindicações desconectas, de reclamarmos sem saber as alternativas para possíveis soluções práticas, de xingarmos alguém, de sermos grosseiros ou mal-humorados com o outro, e assim por diante. 

      Não importa o nível da realidade - o privado ou público - o que precisamos é uma boa dose de reflexão para termos minimamente o modelo de sociedade e governo que queremos em nossas vidas, e até onde estamos dispostos a participar ativamente da construção dessa nova realidade.

       Enfim, tire um minuto, uma hora, um dia, uma semana - não importa a quantidade e sim a qualidade do tempo investido - para pensar qual é a melhor forma de vivermos para nós e para a sociedade que estamos inseridos, e darmos o primeiro passo pragmaticamente dentro da realidade.

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